sexta-feira, 23 de março de 2012

Cartas à Amada Imortal - Ludwig Van Beethoven

"Meu anjo, meu tudo, meu próprio ser! (...)Podes tu mudar o facto de que és completamente meu e eu completamente tua? Oh Deus! Olha para as belezas da natureza e conforta o teu coração. O amor exige tudo, assim sou como tu, e tu és comigo. (...) O meu coração está cheio de coisas que eu gostaria de te dizer – ah – há momentos em que sinto que esse discurso é tão vazio! Alegra-te –tu permaneces sendo a minha verdade, o meu único tesouro, o meu tudo como eu sou o teu.(...) Tanto como tu me amas, muito mais te amo!... Boa noite! Devo ir dormir. Oh, Deus! (...) Não é o nosso amor uma verdadeira morada do céu? E tão sólido como as muralhas do céu?! (...) Todavia, na cama se multiplicam os meus pensamentos em ti, meu amado imortal; tão alegres como tristes, esperando ver se o destino quer ouvir-nos. Viver sozinho é-me possível; ou inteiramente contigo, ou completamente sem ti. Quero ir bem longe até que possa voar para os teus braços e sentir-me num lugar que seja só nosso, podendo enviar a minha alma ao reino dos espíritos envolta contigo. Tu concordarás comigo, tanto mais que conheces a minha fidelidade, e que nunca nenhum outro possuirá meu coração; nunca, nunca... Oh, Deus! Por que viver separados, quando se ama assim? (...) Minha vida... Meu tudo! Adeus... Queiras-me sempre! Não duvides jamais do meu fiel coração. Eternamente tua, eternamente meu, eternamente nossos."

(Ludwig Van Beethoven)

Nenhum comentário:

Postar um comentário