terça-feira, 19 de março de 2013

Bem assim

Não posso fugir do que sou; e sou assim, assim mesmo, à flor da pele, uma explosão de sensações sentimentos pensamentos e atitudes. Incompreensível até pra minha própria mente, imprevisível, impossível talvez. Tenho uma necessidade do novo, uma carência pelo diferente que me define... Poderia dizer que parei de esperar que alguém um dia me entenda; hipocrisia desnecessária quando é tudo que se espera da vida e não se pode negar. Vivo buscando esse alguém que vai fazer meu coração bater mais forte a cada dia  e não somente nos primeiros, que vai me fazer esquecer do mundo a cada encontro, descontrolar minha mente e tomar conta do meu coração para sempre. Acredito em um "felizes para sempre", sim. Nasci no século da independência, mas criei para mim uma personalidade que depende do romantismo para dar-se por satisfeita. Acredito que há alguém para mim lá fora que irá virar minha vida de cabeça para baixo, gosto de acreditar que um dia ainda vou ser feliz incondicionalmente. Eu, meu filho e um príncipe encantado que exista só pra mim. Aí às vezes me pego pensando nisso e me repreendo, meninas crescidas não deveriam acreditar em contos de fadas... E acabo gostando ainda mais da ideia.

"Os contos de fadas são assim. 
Uma manhã a gente acorda 
 E diz: 'Era só um conto de fadas...' 
E a gente ri de si mesma. 
Mas, no fundo, não estamos sorrindo.
Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida."

(Antoine de Saint-Exupèry)

domingo, 17 de março de 2013

Heart beats fast
Colors and promises
How to be brave?
How can I love when I'm afraid to fall?
But watching you stand alone,
All of my doubt suddenly goes away somehow...
One step closer!
I have died everyday waiting for you
Darling don't be afraid I will love you
(...)
I will be brave!
I will not let anything take away 
What's standing in front of me...
Every breath,
Every hour has come to this
One step closer!

(Christina Perri - A thousand years)

sexta-feira, 8 de março de 2013

Still loving you (Scorpions)


Time, it needs time
To win back your love again
I will be there, I will be there
Love, only love
Can bring back your love someday
I will be there, I will be there

Fight, babe, I'll fight
To win back your love again
I will be there, I will be there
Love, only love
Can break down the wall someday
I will be there, I will be there

If we'd go again
All the way from the start
I would try to change
The things that killed our love
Your pride has built a wall, so strong
That I can't get through
Is there really no chance
To start once again
I'm loving you

If we'd go again
All the way from the start
I would try to change
The things that killed our love
Yes, I've hurt your pride, and I know
What you've been through
You should give me a chance
This can't be the end
I'm still loving you

I'm still Loving you, I need your love

I need your love .

quarta-feira, 6 de março de 2013

B ♥


- Qual a pior parte de ser mãe?
- Nunca ficar sozinha!
- Mas qual a melhor parte de ser mãe?
- Nunca estar sozinha.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Nada mais importa

Tão perto, não importa o quão distante; não poderia ser mais do coração. Eternamente confiando em quem somos, e nada mais importa!  Nunca me abri deste jeito... A vida é nossa, nós a vivemos da nossa maneira! Todas estas palavras eu não apenas digo, e nada mais importa.  Eu procuro confiança e encontro em você; cada dia para nós é algo novo... Abra a mente para uma concepção diferente, e nada mais importa!  NUNCA me importei com o que eles dizem, NUNCA me importei com o que eles fazem, NUNCA me importei com o que eles sabem, mas eu sei...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Spinnin' around

É até engraçada a maneira como certas coisas acontecem na vida.
Nos últimos 40 dias, recuperei na minha vida pessoas de três lugares completamente diferentes, que foram e voltaram de formas absurdamente distintas... Mas uma importante característica todas elas têm em comum: eu achei que nunca mais as veria novamente.
De certa forma já estou acostumada com esse vai-e-vem de pessoas na minha vida, mas só agora parei pra pensar no que tem acontecido comigo nos últimos anos... Veja só, desde pequena a cada dois ou três anos (ou muito menos)  eu acabo sendo "arrancada" do lugar onde estiver, mudo de cidade constantemente desde que consigo me lembrar. Nem me preocupo mais em fazer amizades ou me adaptar, porque sei que logo logo o ciclo vai se repetir. Essa mudança constante já me fez sofrer muito, mas só agora, com a cabeça mais tranquila apesar dessa nova agitação no meu mundo, me peguei a questionar: se tudo na vida acontece por uma razão, onde está a explicação pra tanta reviravolta?
Sim, tenho uma teoria e é das boas. Nos últimos dois anos, andei não mudando, mas voltando em cidades. Aquelas onde eu passei a infância ou pré-adolescência vêm surgindo novamente na minha vida, depois de anos em ausência... Esses anos me permitiram ganhar uma maturidade que eu não tinha antes, então vejo tudo de forma diferente, encaro tudo de outra forma, vejo as pessoas com outros olhos. E quem me garante, então, que essa retrospectiva que vem acontecendo, somada a todas as mudanças anteriores, não está servindo para me mostrar que, após tanta confusão na minha vida, meu lugar é justamente aquele de onde eu vim?
Sim, pois cá estou eu, 16 anos depois, 6 desde que fui embora pela última vez, 3 desde a última visita. Retorno às minhas origens e me descubro muito mais à vontade do que achei que estaria depois de tanto tempo longe de casa... Reencontro sensações que pensei estarem extintas há tempos, pessoas que, como dito anteriormente, pensei terem ido embora da minha vida para sempre.
Então sim, acredito que tudo na vida tenha uma razão. E acredito que tudo que eu enfrentei nessa vida inteira de mudanças e tentativas frustradas de adaptação tenha servido para que, quando eu me fixasse em um lugar, pudesse ter certeza de que aquele seria o MEU lugar, e não apenas onde eu deveria esperar o tempo passar...
Porque apesar de que as coisas ainda estejam se ajeitando, pela primeira vez em muitos anos posso dizer que me sinto em casa.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sobre o que eu nem sei quem sou

A gente que é impulsivo sente uma certa dificuldade em tomar decisões com um prazo muito longo, em esperar que o tempo passe para só então tomar alguma atitude. Quem tem essa sede do imediato é quase incapaz de esperar o momento em que as coisas devem acontecer, querem tudo na hora em que decidem, talvez por medo de mudar de ideia. A falha desse jeito de ser é que muitas vezes é confundido com egoísmo; quem 'tá ao redor entende que a pessoa quer tudo do jeito dela e na hora que ela quiser. Mas não funciona assim. Gente como eu e muitos outros por aí, apenas sofrem de uma severa insegurança, um medo que acaba fazendo com que tenham uma necessidade extrema de fazer tudo na hora, antes que a decisão volte a ser dúvida. A sociedade chama esse tipo de gente de "impulsivos". Eu chamo de gente medrosa. Aham, 'tô me chamando de medrosa sim. Pra quê esconder o medo, se ele tá ali tão presente e tão real? Vai ter medo de mostrar o medo também? Não sei desde quando isso é motivo de vergonha, sério. Tenho medo sim, medo de tanta coisa! Veem minha história e dizem que sou forte, mas não sabem a fragilidade que eu tenho por trás dessa fachada. Tenho medo de amar, medo de ficar sozinha, medo de decisões definitivas e medo do incerto. Pode ser um defeito pra você, mas eu aprendi a pensar assim: se eu tenho tanto medo de fazer escolhas, é porque não gosto de quando elas se tornam fixas. Gosto do imutável, aprendi a entender apenas que minha mente exagera na vontade de ser versátil, poder ser "essa metamorfose ambulante", porque até Raul entendia que gente como a gente não sabe ter opinião formada sobre tudo. E quem finge que sabe, vai morrer na ignorância. Afinal, quem pode ter certeza da vida quando a própria vida é incerta?

Raul Seixas - Metamorfose ambulante